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Ventilação mecânica na insuficiência respiratória

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  • 27 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

Insuficiência respiratória é uma síndrome caracterizada por desconforto respiratório e uma deficiência de concentração de oxigênio no sangue arterial, com ou sem a presença excessiva de dióxido de carbono (CO2) no plasma sanguíneo.

Nela, diversos componentes do sistema respiratório, incluindo órgãos extra-pulmonares, podem sofrer algum tipo de disfunção, incluindo o sistema neuromuscular e a mecânica da caixa torácica.

Causas

A insuficiência respiratória é causada por doenças ou distúrbios que podem afetar diretamente os pulmões ou os músculos, nervos, ossos ou tecidos envolvidos na respiração. Nessas condições, os pulmões não podem mover-se facilmente e/ou os tecidos orgânicos pertinentes não estão aptos a angariar a dose normal de oxigênio e remover o dióxido de carbono do sangue. Isto pode ocorrer por diversos motivos: danos aos tecidos e às costelas em torno dos pulmões, problemas com a coluna, drogas ou overdose de álcool, doenças e condições agudas ou crônicas do pulmão.

Mas quando pode acontecer a deficiência de oxigênio?

  • > Em grandes altitudes, quando o oxigênio do ambiente está baixo;

  • > Em caso de embolia pulmonar;

  • > Em caso de doença neuromuscular aguda;

  • > Em casos de pneumonia;

  • > Quando a um shunt arteriovenoso, quando o sangue oxigenado se mistura com sangue não-oxigenado;

Há também a insuficiência respiratória causada por ventilação alveolar inadequada, em que o oxigênio e o dióxido de carbono são afetados. As causas subjacentes incluem:

  • O aumento da resistência das vias respiratórias, como na doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, asfixia etc;

  • Menor esforço respiratório por efeito de drogas, lesão do tronco cerebral, obesidade extrema;

  • Diminuição na área do pulmão disponível para a troca de gases, tal como na bronquite crônica;

  • Problemas neuromusculares como, por exemplo, síndrome de Guillain-Barré e doença do neurônio motor;

  • Deformações da coluna, como cifoescoliose, espondilite anquilosante ou tórax instável.

Tratamento

O tratamento é inicialmente de suporte, envolvendo oxigenoterapia, com ou sem suporte ventilatório mecânico, enquanto se busca tratar a causa de base.

A ventilação mecânica pode ser realizada de forma invasiva (através de intubação traqueal) ou de modo não invasiva, por máscaras ou outras interfaces, respeitadas as contraindicações para a mesma.

Suporte ventilatório mecânico

O suporte ventilatório mecânico, invasivo ou não-invasivo, está indicado nos quadros de insuficiência respiratória com os seguintes objetivos:

  • Aliviar o desconforto respiratório;

  • Corrigir o acúmulo de dióxido de carbono no sangue (acidose respiratória) e a insuficiência de oxigênio no sangue (hipoxemia);

  • Reverter a fadiga muscular respiratória;

  • Reverter e/ou prevenir a atelectasia (colapso pulmonar);

  • Diminuir o consumo de O2 da musculatura respiratória;

  • Aumentar a oferta de O2 aos tecidos;

  • Diminuir a hipertensão intracraniana;

Em casos menos graves, o suporte ventilatório com pressão positiva pode ser utilizado de forma não-invasiva através de máscaras ou interfaces especiais. Porém, há contraindicações a este tipo de procedimento em pacientes que apresentem os seguintes sintomas:

  • > Agitação psicomotora intensa;

  • > Alterações do nível de consciência (Escore de coma de Glasgow inferior a 8);

  • > Instabilidade hemodinâmica, choque;

  • > Arritmias graves;

  • > Incapacidade de proteção das vias aéreas superiores, comprometimento da eficiência da tosse;

  • > Lesões faciais que impossibilitem uso de máscaras;

  • > Hemorragia digestiva alta;

Fontes de pesquisa: Pulmocenter/x-lung.net | AbcMed

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