A máscara do seu CPAP está bem ajustada e confortável?

Adaptar-se ao uso do CPAP pode ser angustiante para o paciente que não é bem orientado sobre as peculiaridades dos equipamentos e a forma correta de utilizá-los. As principais dificuldades relatadas pelos pacientes que iniciam o processo de adaptação com o CPAP referem-se ao uso da interface (máscara) e ao fluxo de ar gerado nas vias aéreas.

“A máscara corresponde de 75% a 85% do sucesso do tratamento por pressão positiva nas vias aéreas”, afirma a fisioterapeuta Renata Megre Rachid, diretora técnica da Amazon FisioCare, lembrando que este dispositivo deve ser ajustado por profissional capacitado e sempre com assertividade.

A análise do sucesso da interface pode ser feita de duas formas: primeira, na leitura do cartão SD que acompanha a maioria dos equipamentos de CPAP e BIPAP no mercado. “Através da análise desses resultados, saberemos se a máscara está bem ajustada, com baixo índice de vazamentos e correspondendo à correção dos eventos respiratórios (apneias)”, explica a fisioterapeuta. Segunda e não menos importante: o conforto do paciente. Esta avaliação pode demorar de uma a quatro semanas, até que se obtenha um resultado o mais próximo do ótimo.

Entre os resultados da leitura do cartão de memória do equipamento está a situação da interface (máscara) do paciente

Deve-se ainda respeitar/avaliar a idade do paciente, situação da pele, anatomia facial e a média de pressão necessária para a correção dos eventos respiratórios. “Se o CPAP gera uma pressão acima de 15cmH2O, já é preciso ficar atento ao uso de máscaras muito pequenas, que atendam apenas a região nasal”, alerta a Dra. Renata, destacando que, às vezes, a melhor opção é utilizar a oronasal (nariz e boca).