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Boa adesão ao CPAP reduz risco de AVC em pacientes com AOS

  • Amazon FisioCare Media Content
  • 5 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

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A eficácia da pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) na prevenção do Acidente Vascular Cerebral (AVC) em pacientes com Apneia Obstrutiva do Sono vem sendo alvo de estudos científicos faz tempo. No entanto, seu efeito benéfico na proteção cardiovascular ainda era controverso, apesar das diversas revisões dessas pesquisas realizadas.


A apneia obstrutiva do sono (AOS) sempre foi um fator de risco independente para AVC, mas, frequentemente esquecida no tratamento da enfermidade. Os fatores de risco cardiovascular convencionais, incluindo hipertensão, fibrilação atrial, diabetes mellitus e dislipidemia são regularmente pesquisados e tratados entre pacientes com esta patologia, mas a avaliação do sono e o exame de polissonografia não eram realizados regularmente.


No início deste ano, para ajudar os médicos a considerarem a terapia com CPAP como prevenção em pacientes portadores de AOS com alto risco de acidente vascular cerebral, um grupo de pesquisadores do Departamento de Neurologia do Hospital da Universidade Médica de Kaohsiung, Taiwan, realizou a primeira meta-análise neste âmbito, revisando sistematicamente toda a literatura disponível nos bancos de dados Embase, PubMed e Cochrane Central, até outubro de 2019. O resultado reforçou a ideia de que a apneia do sono aumenta o risco de AVC, mas que esse risco diminui consideravelmente em pacientes que conseguem boa adesão ao CPAP.


A análise considerou estudos clínicos e de corte. Um grupo de pacientes com AOS recebeu CPAP, e outro grupo de controle recebeu outros tipos de tratamento, como por exemplo, aparelhos orais ou terapia posicional. No estudo de corte, o trabalho revelou redução significativa do risco de AVC no grupo com AOS moderada a grave, que tiveram boa adesão ao CPAP.


É comum a prevalência de AOS em pacientes com Acidente Vascular Cerebral, independentemente do tipo de AVC ou do momento em que ela se estabelece (frequentemente aparece depois que o paciente adoece). Interromper um eventual ciclo vicioso impedindo que outros episódios de AVC aconteçam é crucial para o planejamento do tratamento posterior. Por isso, o estudo recomenda que a terapia com o CPAP deve ser fornecida aos pacientes de risco logo no início do tratamento, tomando-se o cuidado de garantir aos mesmos uma boa adaptação do dispositivo. Para isto, é necessário um bom acompanhamento, personalizado, feito por um profissional experiente e capacitado.


Fonte: Sleep Medicine Reviews

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