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Benefícios da Fisioterapia Respiratória no Tratamento da Asma Brônquica

  • Foto do escritor: Amazon FisioCare
    Amazon FisioCare
  • 7 de jan. de 2021
  • 4 min de leitura

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Apesar de não estar no topo do ranking das patologias crônicas que mais matam no mundo e de contar com políticas eficazes de controle em muitos países, como Polônia, Portugal e Brasil, a asma ainda é responsável por mais de 250 mil mortes/ano em todo o mundo, que poderiam ser evitadas. Só no Brasil, a doença está presente em cerca de 13% da população, entre adultos e crianças, sendo responsável por cerca de 350 mil internações hospitalares por ano e alto custo para o SUS (Sistema único de Saúde). Não é à toa que a retrospectiva feita pelo programa de atualizações médicas da PEBMED (Instituição de Pesquisa Médica e Serviços Tecnológicos da Área da Saúde S.A.) sobre os assuntos mais relevantes de 2020 no seu portal destacou a asma, fora a Covid-19, como um dos 5 principais levantados no ano que passou.


O desafio se estende à busca por tratamentos que garantam o controle da doença, aumentem a qualidade de vida dos pacientes e desonere os sistemas públicos de saúde. Neste cenário, a fisioterapia respiratória tem tido um importante papel.


O que é

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a asma brônquica é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper responsividade das vias aéreas inferiores e limitação variável ao fluxo aéreo. Entre seus sintomas estão episódios recorrentes de sibilância, dispneia, dor torácica e tosse. Suas causas provêm da interação entre carga genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes. Podendo levar à morte nos casos mais graves, a patologia está entre os problemas respiratórios do dia a dia mais recorrentes no país, ao lado da rinite alérgica e da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).


Overview

Segundo as Recomendações de 2020 da SBPT para o manejo da asma, a prevalência de sintomas de asma entre adolescentes brasileiros já é de 20%, uma das mais elevadas do mundo. Apesar dos avanços da medicina no âmbito farmacológico, o nível de controle da doença continua baixo, com morbidade elevada, independentemente do país estudado. É o que revela o estudo “Impacto Global da Asma na População Adulta”, publicado nos anais da Global Health em janeiro de 2019. Segundo ele, os 334 milhões de casos totais de asma no mundo podem chegar a 400 milhões em 2025, em decorrência da crescente urbanização das cidades.


O artigo também acena para uma pesquisa elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que coletou dados sobre a prevalência de várias condições médicas em adultos de 18 a 45 anos de vários países ao redor do mundo. Aqueles com maior prevalência de asma clínica foram Austrália (21,5%), Suécia (20,2%), Reino Unido (18,2%), Holanda (15,3%) e Brasil (13,0%). O mesmo estudo afirma que a mortalidade por asma ainda é baixa em comparação com outras doenças crônicas, sendo responsável por menos de 1% das mortes em todo o mundo. No entanto, dada a alta prevalência mundial, ela ainda é responsável por 250.000 mortes potencialmente evitáveis anualmente.


Apneia do Sono como fator de risco para agravamento da Asma

Com frequência, pacientes asmáticos têm a qualidade do seu sono afetada, em decorrência dos sintomas respiratórios e da obstrução das vias aéreas durante a noite. Isso pode resultar em sono fragmentado, com despertares noturnos, além de dificuldade em pegar/manter o sono profundo e sonolência diurna. Nos pacientes que não fazem o controle da asma, a qualidade do sono também piora significativamente.


Como a asma brônquica tem como componente principal a limitação ao fluxo aéreo, sua correlação com a Apneia do Sono é algo importante a se considerar. Segundo as mais recentes Diretrizes da SBPT para o Manejo da Asma, “a síndrome da apneia obstrutiva do sono é um fator de risco independente para a exacerbação da asma. Recomenda-se avaliar sintomas sugestivos de apneia obstrutiva do sono em pacientes com asma não controlada ou de difícil controle, em especial aqueles com sobrepeso ou obesidade.(96)


Uma possível etiologia para a alta prevalência de sintomas da Apneia Obstrutiva do Sono em pacientes asmáticos é o aumento da incidência de obstrução nasal. Como se sabe, rinite e sinusite crônicas são condições comuns que podem causar congestão nasal e, consequentemente, contribuir para a obstrução da via aérea superior, sendo importante, portanto, o tratamento adequado dessas condições.(97)


Há evidências sugerindo que o tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas pode melhorar o controle da asma.(98)”.

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O uso do CPAP para tratar apneia do sono pode auxiliar no controle da asma


96. National Heart Lung and Blood Institute [homepage on the Internet]. Bethesda: National Heart Lung and Blood Institute. [cited 2010 August 19]. Expert Panel Report 3: Guidelines for the Diagnosis and Management of Asthma. [Adobe Acrobat document, 440p.] Available from: www.nhlbi.nih.gov/guidelines/asthma/asthgdln. pdf 97. Boulet LP. Influence of comorbid conditions on asthma. Eur Respir J. 2009;33(4):897-906. 98. Lafond C, Sériès F, Lemière C. Impact of CPAP on asthmatic patients with obstructive sleep apnoea. Eur Respir J. 2007;29(2):307-11.


Tratamento fisioterapêutico

Evidências científicas sustentam ainda os benefícios significativos do tratamento da asma brônquica por meio da fisioterapia respiratória, desde que o paciente esteja em acompanhamento médico regular e tratamento medicamentoso adequado. As intervenções tendem a amenizar a sensação de dispneia, a resistência ao esforço físico e a redução das crises, promovendo uma melhora expressiva na qualidade de vida do paciente.


Além disso, a terapia tem como objetivos melhorar a mecânica e a força muscular respiratória, promover maior condicionamento cardiorrespiratório e a higiene brônquica, quando necessária. Entre as ferramentas mais empregadas para esta terapia estão, entre outras:


> A cinesioterapia, a fim de reduzir a hiperventilação pulmonar. Neste quesito, o incentivador respiratório volumétrico Voldyne ajuda o paciente a exercitar sua respiração com retorno visual e exata mensuração do volume de ar inspirado, resultando em melhor controle e resultados da terapia.


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Voldyne: compacto, ergonômico e requer

baixo trabalho respiratório.



> O Treinamento Muscular Inspiratório (TMI) também revela benefícios no ganho de capacidade respiratória. Para isto, um dos equipamentos bastante utilizados é o exercitador respiratório Power Breathe, com monitoramento de desempenho, para o fortalecimento da musculatura do diafragma e dos músculos que auxiliam a respiração.


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Power Breathe: disponível em vários

modelos, leve, lavável e com carga

inspiratória calibrada.



> O exercício físico aeróbio (com intensidade adequada sem risco para o paciente) para reabilitação pulmonar.

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Natação e a hidroginástica: redução da hiperresponsividade brônquica.


> Por fim, a higiene brônquica para pacientes hipersecretivos, feita por vibrocompressão ou por meio de oscilador oral de alta frequência, como o New Shaker, por exemplo. A indicação desses equipamentos é mobilizar a secreção pulmonar associada à fase expiratória do paciente.


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Lembre-se, qualquer tratamento respiratório ou acompanhamento de tratamento para asma brônquica devem ser realizados por um fisioterapeuta profissional.










Conteúdo: Amazon FisioCare

Fontes:

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